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PÁGINAS SOLTAS
Sob esse título, tenho feito algumas
reflexões, externado pensamentos, feito comentários, cartas e até orações. Nada
que seja rico em técnica descritiva ou que envolva conhecimento profundo,
digamos que sejam simples escritos sobre como vejo determinados fatos, segundo
um ângulo muito pessoal, onde procuro fazer comparações, tirar conclusões,
encontrar soluções, enfim, distrair-me um pouco, jogando com as palavras e
mostrando o que se passa no meu coração, na minha cabeça, na minha alma.
Assim escrevo para meus filhos, converso com
meus pais, defino vocábulos, comento meus sentimentos, falo sobre minha
família, meus amigos, nossos valores, sobre acontecimentos que marcaram nossas
vidas, até conselho ouso dar e, dessa forma, vou deixando escrito, importantes
momentos de meus dias, da mesma forma como num álbum fotográfico colecionamos
outro tipo de registro, sem palavras, mas, que entrando pelos nossos olhos, nos
proporcionam, como num passe de mágica, o reviver.
Podemos escrever de vários modos, com as
mãos, com a cabeça, com o coração ou com a alma. Se usarmos a mão, nossos
escritos não passam de meros recados dados automaticamente, sem nenhum
sentimento; a escrita feita com a cabeça é própria dos cientistas, dos técnicos
ou doutores em alguma coisa; a feita com o coração é rica em sentimento,
envolvida pela emoção, mas, quando é a alma que escreve, a mensagem adquire
divindade, a atmosfera muda e o ar se impregna de mistério. Essa é a escrita
mais difícil de ser encontrada.
Enquanto estou entregue a esse lazer,
sinto-me concentrado e busco a melhor forma de me fazer entender, tentando
escrever com o coração, procurando transmitir ao leitor um pouco da minha
emoção, mas, ao mesmo tempo, preocupo-me em não conseguir vivenciar o que estou
escrevendo.
Por isso, quando dialogo com Deus, peço
coerência em meus atos, a fim de conseguir viver segundo Seus ensinamentos,
fonte de toda minha inspiração.
Para o bom êxito desse meu passatempo, conto
com o incentivo dos amigos, com a ajuda de minha companheira Maria Amélia e de
minha prima Marília Carneiro, competentes revisoras, a quem agradeço por
colocar acentos e vírgulas nas minhas idéias.
Antonio Luiz 6/11/01.
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